segunda-feira, 29 de março de 2010

Autismo e Computadores



A  ferramenta que se tem mostrado cada vez mais efectiva na educação de pessoas com autismo, é o COMPUTADOR.

Basicamente quatro aspectos sobre o uso do computador em educação especial são relevantes para o seu uso com autismo:

  • Aumenta a habilidade de comunicação;
  • Melhora a cognição;
  • Ajuda nas actividades que envolvem coordenação motora.
  • Pode também ajudar dentro da política educacional de inclusão em escolas regulares.

De acordo com Murray e Lesser (2001): “Computadores nos remete directamente a ‘tríade de prejuízos’... Computador nos permite uma fácil maneira de reunir canais de atenção com um mínimo de mútuo desconforto (em relação à criança e ao educador/ professor), isto nos permite driblar algumas das dificuldades mais características dentro do espectro do autismo”. A maioria dos trabalhos existentes sobre autismo e computadores está vinculada a COMUNICAÇÃO.


Além da Comunicação, o computador vem sendo usado em autismo para ajudar na aquisição de vocabulário, alfabetização, independente de a criança ser verbal ou não verbal, e assim como no processo de melhorar os deficits em interacção social em crianças com autismo.


Estudos feitos na Suécia por Heimann e Tjus (1996), entre vários outros autores, também demonstram a eficácia do uso do computador na aquisição de fala em crianças com autismo. Um dos exemplos é o uso do programa Fast For Word, desenvolvido por Tallal e colegas (1997) e que vem sendo utilizado com sucesso como um “programa de treinamento em linguagem”.


Sobre o uso de softwares/programas específicos em computador com crianças com autismo, é importante salientar que:

  • Normalmente os programas ou softwares são caros;
  • Sempre devemos pedir um cd rom demo, para ver se o programa atende as nossas expectativas.

O uso do computador torna-se importante exactamente por oferecer aspectos similares ou “a mesma maneira de pensar” que as condições do autismo impõe:

  • Como em autismo, também com o computador nós temos que “ensiná-lo” tudo (nós temos que instalar todos os programas necessários);
  • Computador tem um pensamento literal. Se eles não entendem o que você quer, quase sempre “congelam” (pessoas com autismo também demonstram ter uma forma de pensar literal);

As vantagens oferecidas por computadores na educação da pessoa com autismo são várias entre estas:

  • Ambiente estruturado,
  • Respostas previsíveis,
  • Organização visual,
  • Auxilio individual (1:1)

Para poder tirar o máximo proveito do uso do computador com crianças com autismo, de acordo com minha experiência, não se faz necessário softwares especiais, ou hardwares de última geração. O que se deve ter em mente é que o software deve ter ambientes (na tela) objectivos, lógicos, reais, sem muitos estímulos visuais, de preferência com bonecos, desenhos ou até mesmo fotos de figuras humanas, animais, ou de ambientes reais em geral.

Além disso, o mais importante é conhecer bem o aluno. Seus pontos fortes e os fracos, características de aprendizagem, talentos, habilidades, e com isso preparar um guia do seu trabalho com a criança. É importante lembrar que cada criança é uma criança, é o que pode funcionar bem com uma, ser justamente o oposto com a outra. Conforme mencionado anteriormente, o respeito pela maneira de aprender e pensar da criança com autismo é fundamental para o sucesso de qualquer abordagem educativa que se pretenda usar na educação da criança com autismo.

Em conclusão, como infelizmente, ainda não temos cura para o autismo, educação é o mais efectivo tratamento em autismo. Computadores são somente parte desse processo educativo, e não a solução.

Hoje, computadores são grandes parceiros no processo educativo da criança com autismo. Em minha opinião os computadores podem ajudar e muito neste processo se seguirmos algumas considerações básicas:

  • Cuidado com o tipo de reforço que acompanha o software;
  • Sempre use programas bem estruturados, de manejo clara, sem muitos estímulos visuais;
  • Prestar atenção nas habilidades e dificuldades apresentadas pela criança;
  • Respeitar o ritmo de aprendizagem da criança;
  • Existe uma gama enorme de programas no mercado, nem sempre o mais caro é o melhor...
  • Troque ideias com pais e outros educadores regularmente;
  • Não queira ser um super pai/ mãe, nem um (a) super professor (a);
  • Não espere milagres!
  • Confie no seu trabalho!

Fonte: Marcelo Rodrigues in Mundo de Peu, retirado do artigo "Porque o computador tem um papel preponderante na educação da pessoa com autismo" de Valéria Llacer Bastos Ribeiro – UFRGS http://aromasdeportugal.blogspot.com/2008/10/autismo-e-computadores.html

Livro: Autismo Esperança Pela Nutrição


Este livro narra a história de vida e as conquistas de uma mãe que encontrou na Nutrição o caminho para melhorar a qualidade de vida e a saúde de seu filho. Claudia Marcelino é mãe de Maurício, hoje com 18 anos de idade. Os primeiros cinco anos de vida foram iguais a qualquer criança desta mesma idade. Foi a partir do quinto ano que o autismo começou a se manifestar e após consultar diversos profissionais e especialistas Maurício foi diagnosticado autista. A partir de então iniciaram os tratamentos recomendados. Claudia, a mãe, mergulhou fundo no conhecimento do Autismo e encontrou na Nutrição e em preparações alimentares um caminho para melhorar ou alterar de forma positiva a qualidade de vida, comportamento e saúde de seu filho.
O livro inclui receitas de alimentos compatíveis com autistas, celíacos, alérgicos, intolerantes e adeptos a uma dieta sem glúten e sem leite. 



Claudia Marcelino


Mãe de Mauricio e Ana Luiza. Mauricio tem autismo. Descobri a partir de 2006 que uma dieta isenta de glúten, leite animal e aditivos químicos poderia ajudar no tratamento de meu filho. Abandonei a profissão de doceira e banqueteira que exerci por 16 anos para implementar um novo ritmo de alimentação em nossa casa. Aproveitei a experiência profissional para aprimorar a cozinha sem glúten e fazer produtos mais saborosos do que os existentes no mercado. Esta é a forma que encontrei para ajudar meu filho e outras crianças autistas a terem uma qualidade de vida melhor. Sou ativista no campo do autismo. Tenho um site, o Autismo em Foco, modero o grupo do Yahoo Autismo Esperança, modero as comunidades do orkut: Diário de um autista, Autismo é Tratável, Autismo e Nutrição. No dia 31 de março, na livraria Saraiva do Shopping Rio Sul - RJ, será lançado o meu livro: AUTISMO Esperança pela NUTRIÇÃO Historia de Vida, de Lutas, Conquistas e Muitos Ensinamentos. Inclui Receitas Alimentares Compatíveis com Autistas, Celíacos, Alérgicos, Intolerantes e Adeptos de uma Dieta sem Glúten e Leite.



Uma História de vida... Uma mulher de fibra!


Nossa História

Minha vida com o Victor
"o amor que eu sinto pelo meu filho sempre 
me deu a certeza e a segurança de que o
que eu estava fazendo era o certo"


No dia 31 de março de 1999, no Hospital Santa Bárbara, nascia Victor Agizzio Molina, de parto cesário; pesou 3.205g e mediu 49 cm. Loirinho, lindo, de olhos azuis. Era meu segundo filho, com dois anos de diferença do irmão. Todo mês íamos ao pediatra e eu gostava de fazer as anotações no álbum. Assim eu poderia acompanhar seu desenvolvimento e comparar com o que havia escrito sobre o Rodolpho.
Após 8 dias de nascido, levamo-no ao pediatra. Jamais imaginei passar por uma situação como aquela: saí do consultório com um pedido urgente de exame de bilirubina e o Victor foi internado no mesmo dia. É indescritível a sensação de não poder ficar, no berçário, com o meu filho. Senti como se tivessem tirado um pedaço de mim. Foram 4 dias de angústia; os mais longos da minha vida.
Quando fomos buscá-lo, no hospital, já não pude amamentá-lo, pois meu leite secara. Assim, adotei a mamadeira. Sua recuperação foi espantosa e, aos 2 meses, ele pesava 6.100g
Era uma criança tranqüila e tudo corria bem. Nas minhas anotações, escrevi que quando ele tinha 3 meses, ganhei meu primeiro sorriso. Aos cinco meses, ele se virava sozinho no berço e, aos oito, sentava-se e, também, acompanhava-nos com o olhar; aos nove meses, resmungava 'dá, dá, dá...' e, aos dez meses, acabava meu 'sossego' (rs): ele já ficava em pé, abria o armário, para jogar as vasilhas de plástico no chão e engatinhava da cozinha ao jardim. Mas umas coisas me intrigavam: por que, com 1 ano não saíra o primeiro dentinho e com um ano e cinco meses, não falava outra palavra além de 'mamã...'. Foi nessa época que questionei o pediatra sobre sua ausência fala; ele disse que era uma criança inteligente e hiperativa e que falaria quando chegasse o momento certo.
No dia 23 de abril de 2001, procurei uma fonoaudióloga. Não concordei com o que disse: 'O Victor tem um vocábulo de uma criança de 9 meses e precisa de estímulo. Ele necessitaria de um tratamento de 8 meses para depois pedir a avaliação de um neuropediatra.' Procurei outro profissional, que solicitou, de imediato, a avaliação neurológica, para depois, com o diagnóstico, iniciar o tratamento. Foram feitos os seguintes exames: raio x de crânio, eletroencefalograma, bera (audição) toxoplasmose e rubéola. No diagnóstico feito pelo médico, a expectativa de que viesse a falar seria de 4 anos, o que, dentro da medicina, é perfeitamente normal.
Ele andou com 1 ano e seu primeiro dentinho nasceu quando completou 1 ano e 3 meses. Ele não parava e subia em tudo: mesa, cadeira, cômoda... e teve uma considerável perda de peso. Foi nessa época que começou a bater com testa na parede, no chão, na geladeira... E o mais estranho era que não chorava; ignorava nossa companhia, nossos beijos (empurrava-nos), nossos chamados e vivia se escondendo dentro do guarda-roupa e da despensa. A cada dia ele se isolava mais; pegava seu travesseiro e ficava no canto do quarto.
Procurei um psiquiatra, que diagnosticou como autismo. Fiquei arrasada e chorei muito, até não ter mais lágrimas. Sentia-me perdida e completamente vazia. 
Passado o primeiro momento, da angústia e do medo, disse a mim mesma: 'A vida continua... vamos à luta!'. E, a partir daquele momento, comecei a ler tudo sobre autismo; desde artigos, revistas, livros e filmes, que eu encontrava e que minhas clientes me traziam.
Procurei outros profissionais: Tempo de Viver, Apae e um neuropediatra (particular), pois decidi que não ficaria somente com um diagnóstico, afinal estava em jogo toda a vida do meu filho. A conclusão dos exames se deu com os exames, pedidos pelo neuropediatra, (X-frágil, Teste do pezinho ampliado e Erro inato do metabolismo). Aos dois anos e nove meses, Victor tinha passado por 4 especialistas e todos foram unânimes: 'exames normais, diagnóstico: autismo'.
UMA VIDA CHEIA DE EMOÇÕES E... PERIGO

Um dos momentos mais angustiantes  para min foi "perder" meu filho dentro de casa.Ele estava com mania de se esconder , ele ficava quietinho,eu  chamava e nada...........  ele nao respondia, nao emitia qualquer som para que eu pudesse localiza-lo.Já tinha procurado ele pela casa toda,olhando várias vezes no guarda roupa e nada.Tinha olhado todos  os  cômodos da casa várias vezes chamando por ele , nada.... .....Foi quando entrei na despensa e resolvi afastar a tábua de passar roupa.........lá estava ele quietinho,ele era tao magro que eu nao  tinha notado que estava atrás da tábua .
 
Seu equilíbrio era perfeito... De dar inveja a qualquer artista de circo, pois tive de tirá-lo duas vezes de cima do telhado de casa. A terceira, meu vizinho o fez. E o muro ganhou mais algumas fileiras de tijolos.
Como toda criança, Victor adora os filmes do Tarzan e não exitava em usar as cortinas da sala como cipó, que tiveram de ser retiradas, afinal era mais fácil tirá-las do que explicar a todo momento que aquilo não poderia ser feito.
Mergulhei (sem saber nadar) em uma piscina. Costumo brincar dizendo que bebi metade da água, mas o tirei de lá.
Foi tudo tão rápido que as pessoas nem perceberam o ocorrido fui chamada várias vezes na escola, porque meu filho estava em cima da árvore e não queria descer. Se alguém tentava subir, ele passava para um galho mais fino, correndo o risco de cair. 
Numa dessas ocasiões, cheguei e pensei: 'O que fazer?' Cheguei perto e disse: 'Desça já daí!'
E ele desceu... rs... Não acreditei. Ou eu estava com muita moral, ou ele estava com vontade de ir para a casa.

Dificuldade para aceitar o NÃO

O mais difícil para uma criança autista é aceitar o não, o que pode gerar uma crise de proporções enormes. Sai do controle deles,  eles sofrem e não sabem dizer o que sentem. A única forma de se expressar no momento da raiva é usando a agressividade, muitas vezes agredindo quem esta perto ou mesmo a auto-agressao
Sempre falo para o Victor como será o seu dia amanha,ex: amanha é segunda ,vamos a Fernanda(fono),a tarde irá na escola.....vai ver seus amigos. E quando terminar a aula a mamãe vai te buscar. A criança autista precisa de rotina. Tentamos na medida do possível ter uma rotina, sabemos que ele fica mais tranquilo .As vezes eu mudo algo, saindo da rotina ,acredito que assim ele irá se acostumando e nao se sentirá inseguro diante da mudança de sua rotina.

PS: Escrever a 'nossa história' foi como uma gestação para mim. Muitas dessas anotações foram feitas há sete anos. Houve momentos de dúvidas, alegrias, lágrimas...
Mas, principalmente, de muito orgulho
Amor? Sim!!!!!
Afinal, para mim, meu filho é motivo de orgulho, orgulho de um vencedor (Victor significa : 'vencedor'). Quantos sonhos ... quantos planos para o futuro .Qual pai ou mae não  sonha um futuro para seu filho??... estudar,se formar ,namorar, casar e  constituir  uma família ?? tudo isso que eu acreditava,  que  eu  cresci vendo na minha familia,tudo isso teve que ser mudado dentro de min... teve que ser trabalhado!!  para que eu pudesse reescrever a historia de vida do meu filho.

domingo, 28 de março de 2010

Deus escolhe as Mães


Deus pairou sobre a Terra, selecionando o seu instrumento de propagação com um grande carinho e compassivamente, enquanto Ele observava, Ele instruía seus anjos a tomarem nota em um grande livro:
- Para a mãe Sebastiana, um menino e o anjo da guarda Mateus.
- Para a mãe Maria, uma menina e como anjo da guarda Cecília.
- Para a mãe Fátima, gêmeos, e como anjo da guarda, mande Gerard.
Pronunciando um nome, sorri e diz:
- Dê a ela uma criança deficiente.
O anjo cheio de curiosidade pergunta:
- Por que a ela Senhor? Ela é tão alegre...
- Exatamente por isso. Como eu poderia dar uma criança deficiente para uma mãe que não soubesse o valor de um sorriso? Seria cruel.
- Mas será que ela terá paciência?
- Eu não quero que ela tenha paciência porque, com certeza, se afogará no mar da autopiedade e desespero. Logo que o choque e o ressentimento passar, ela saberá como se conduzir.
- Senhor, eu a estava observando hoje, ela tem aquele forte sentimento de independência. Ela terá que ensinar a criança a viver no seu mundo e não vai ser fácil.
- E além do mais, Senhor, eu acho que ela nem acredita na sua existência.
Deus sorri.
- Não tem importância. Eu posso dar um jeito nisso. Ela é perfeita. Ela possui o egoísmo no ponto certo. O anjo engasgou.
- Egoísmo? E isso é, por acaso, uma virtude?
Deus acenou um sim e acrescentou:
- Se ela não conseguir se separar da criança de vez em quando, ela não sobreviverá. Essa é uma das mulheres que eu abençoarei com uma criança menos perfeita. Ela ainda não faz idéia, mas ela será também muito invejada. Sabe, ela nunca irá admitir uma palavra não dita, ela nunca irá considerar um passo adiante uma coisa comum. Quando sua criança disser 'mamãe' pela primeira vez, ela pressentirá que está presenciando um milagre. Quando ela descrever uma árvore ou um pôr do sol para seu filho cego, ela verá como poucos já conseguiram ver a minha obra. Eu a permitirei ver claramente coisas como a ignorância, crueldade, preconceito e a ajudarei a superar tudo. Ela nunca estará sozinha. Eu estarei ao seu lado cada minuto de sua vida, porque ela estará trabalhando junto comigo.
- E quem o senhor está pensando em mandar como anjo da guarda?
Deus sorriu.
Dê a ela um espelho, é o suficiente!



Fonte: http://www.autismonossahistoria.com.br/node/22

sexta-feira, 26 de março de 2010

Cursos e Congressos: Fique de olho


Autismo em debate

O Centro Ann Sullivan do Rio de Janeiro realiza em 17 de abril, a partir de 7h, na Associação Cristã de Moços (Rua da Lapa, 86, Centro, Rio de Janeiro), o I Seminário Debatendo Autismo: Primeira Infância. São esperadas as presenças de Dr. Juan Llerena (geneticista da Fundação Oswaldo Cruz) e Dr. Walter Camargos (psiquiatra infantil do Centro Geral de Pediatria/FHEMIG). O seminário está aberto a apresentação de relatos de experiência com crianças até 6 anos, através de pôsteres. A submissão dos trabalhos deve ser feita até 26 de março. Serão discutidos, entre outros temas,“Diagnóstico Precoce”, “Aspectos Genéticos do Autismo” e “Estimulação Sensorial”. Mais informações, aqui.

Conferência Internacional Biomédica sobre Autismo

PALESTRANTES:

DR. BOYD HALEY (PhD em Fisiologia pela Universidade de Yale; de Lexington, Kentucky, EUA).

DR. LEE COWDEN (M.D., formado em Medicina pela Universidade do Texas em Houston; de Dallas, Texas, EUA).

DR. MICHAEL WILLIAMSON (M.D. Médico Osteospático, com Especialização em Medicina dos Órgãos Internos e Hematologia e Oncologia Médica pela Universidade de Saint Louis, Missouri; de Muncie, Indiana, EUA).

DR. EDUARDO ALMEIDA (Médico Ortomolecular e Homeopata pela Universidade Federal Fluminense, PhD em Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, RJ, Brasil).

ANDREA LALAMA (homeopata, de Long Beach, Califórnia).


PÚBLICO ALVO: pais, médicos e demais profissionais da área da saúde.

DATA: 26, 27 e 28 de março de 2010

VALOR: R$ 150,00

LOCAL: Academia de Tênis, SCES, Trecho 4 Conjunto 5 Lote 1-B. Brasília-DF

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES: pelo site 
www.apabb.org.br 

Alfabetização e Fonoaudiologia na Escola

Propostas de Alfabetização e o Trabalho Fonoaudiológico na Escola

Data: 26 de Março de 2010 – Sexta-feira
Das 09:00 às 16:00 horas

Ministrante: Patrícia Prado Calheta
Mestre em Lingüística Aplicada pela PUC-SP, Especialista em Linguagem e Fonoaudióloga pela PUC-SP (CRFa 7167). Atuação voltada a escolas e empresas, nas áreas de formação e atualização profissionais. Docente do Curso de Pedagogia do Instituto Singularidades. Sócia da empresa de educação a distância Letramentus - consultoria em linguagem, educação e cultura. Autora de vários trabalhos científicos em formação de educadores. Escritora e revisora de livros didáticos de Língua Portuguesa.

Local
FonoaudiÁlogo.
Rua Cardoso de Almeida, 2496.
Próximo à estação Sumaré do Metrô.

Investimento
À vista: R$85,00 (ou 2x R$50,00 ou 3x R$40,00)

Informações e Inscrições
Tel.: 11- 3675-8579,
Fax: 11-5522-5737
Email: 
fonoaudialogo@fonoaudialogo.com.br www.fonoaudialogo.com.br 

Palestras na AMA / SP em 2010


IX Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade

Em São Paulo

Visitação Gratuita

Data: 15 a 18 de Abril de 2010

Quinta e Sexta das 13hs às 21hs.

Sábado e Domingo das 10hs às 19hs.

Local: Centro de Exposições ImigrantesRodovia dos Imigrantes, Km 1,5 - São Paulo - SP(Transporte Gratuito: Estação do Metrô Jabaquara

Saída das Vans na Rua Nelson Fernandes, 400)

Mais em 
http://www.reatech.tmp.br/

Seminário de Autismo no Rio de Janeiro


I Encontro Brasileiro para Pesquisa em Autismo


É com muita satisfação que o Programa para Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (ProTID – UFRGS), juntamente com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), através de cinco dos seus Programas de Pós-Graduação, além da a Associação Brasileira de Neurologia, Psiquiatria Infantil e Profissões Afins (Abenepi-RS), anunciam o I Encontro Brasileiro para Pesquisa em Autismo (EBPA - 2010), a ser realizado entre os dias 22 e 24 de abril de 2010Porto Alegre / RS.

Ciranda da Bailarina



Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, 
tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Berruga nem frieira
Nem falta de maneira ela não tem
Futucando bem 
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem
um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida ela não tem
Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente


Medo de vertigem
Quem não tem
Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem
um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem
O padre também 
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem, 
todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem
Procurando bem
Todo mundo tem...



quinta-feira, 25 de março de 2010

Sintomas

Um autista no dojô: karatê adaptado



“Juan Carlos entra no dojô nos braços de seu pai, que para no meio da entrada e mostra a textura do tatame e o instala no chão. Assim logo que toca no assoalho, começa a correr e gritar.

Imediatamente, Adolph Lopez, professor do karate, tenta começar. Mas antes, deve captar a atenção do menino, paciente da síndrome do trantorno generalizado do desenvolvimento específico.

Juan Carlos continua correndo sem rumo e a toda velocidade. Grita e corre. O mestre, vai a traz. Há quatro meses freqüenta um Programa Adaptado de Karate Shotokan, um conceito original de López, mestre e estudioso do karate adaptado. 

Enquanto o pai tira seus sapatos e entra também no tatame. Com a força do amor ajuda seu filho a completar as rotinas do Karatê, que é a arte marcial mais popular em seu país, Porto Rico.


O professor

López Alemán pratica karate há 18 anos. Começou a prática aos 13 anos. Completou um Bacharelado em Educação Física; um mestrado em Serviços Recreativo como uma segunda especialidade em Educação Física. Atualmente está fazendo Doutorado em Educação. Sua sala de aula está em Let's Giggle, edifício Home Spot em Puerta de Tierra.

A jornada se torna difícil e o karateca, faixa amarela resiste. A falta de palavras o desespera e trata de morder seu professor. Fecha os olhos e se nega a completar os katas. O pai o agarra e ajuda a fazer os movimentos, passa um tempo antes de larga-lo, o papai junta as pequenas mãos do menino e aplaude ao fim. Continuam os treinamentos. A criança volta a recusar a fazer o movimento e tenta morder o pai. Mas ele deve completar os movimentos. Segue e resiste. Mais uma vez quer morder o pai.

O pai não se dá por vencido e insiste que o menino complete a jornada. Enfim, o garoto completa o kata e quer como recompensa pelo exercício jogar uma bola no cesto de lixo. Juan Carlos se altera, grita forte. Para captar sua atenção Adolfo fala como se fosse o "Pato Donald" e lhe faz cócegas . O menino sorri mas não quer se levantar.

Carlos confabula com o garoto. “Olhe, assim vão dizer que você não é karate-ka. Você precisa ser um bom para conseguir uma namorada diz o pai enquanto arruma seu kimono. Por outro lado, Adolfo até canta uma canção para chamar atenção de Juan Carlos.

O menino começa então a treinar golpes nos apara-socos e apara-chutes. Entende o que diz e sabe quantos socos e chutes precisa dar no exercício. Culminado o ritual volta a se deitar. O mestre faz malabares par o menino terminar sua rotina. O menino completa a rotina e dá um abraço no mestre.

“Para você não há nada impossível”, diz Carlos a seu único filho antes de tentar fazer a rotina mais completa. Precisas completar três seqüências completas. Antes de começar, Juan Carlos se atira sobre Alfonso. Finalmente o garoto termina sua rotina diária e senta-se no solo, Carlos agarra suas mãozinhas e o aplaude. A aula pareceu uma eternidade mas durou 40 minutos.


Iguais ou Diferentes?! -Somos Especiais



IGUAIS OU DIFERENTES?!
- SOMOS ESPECIAIS

Modalidade / Nível de Ensino
Componente Curricular
Tema
Ensino Fundamental Inicial
Ética
Diálogo, Justiça, Respeito mútuo, Solidariedade.

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
a) Reconhecer, compreender e valorizar a diversidade presente em nossa sociedade.
b) Perceber que todas as pessoas guardam diferenças entre si sendo que, algumas vezes, existem pessoas que requerem um trabalho diferenciado para superar algumas dificuldades.
c) Compreender o significado da inclusão no ambiente escolar.

Duração das atividades 2 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Não há necessidade de se trabalhar conhecimentos prévios.
Estratégias e recursos da aula

COMENTÁRIOS AO/A PROFESSOR/A
Professor/a, a realidade educacional atual aponta para a necessidade de se trabalhar com estratégias diferenciadas com vistas a atender o maior número possível de alunos/as, dentre eles, aqueles que apresentam necessidades educacionais especiais. Nessa perspectiva, está a educação inclusiva que se pauta na valorização da diversidade humana e no respeito às diferenças. Sabemos que tem sido um desafio para as escolas e os professores lidarem com crianças com dificuldades diversas e demandas tão específicas. Porém, é papel da instituição escolar viabilizar que todos os/as alunos/as tenham acesso às oportunidades educacionais e sociais oferecidas nesse espaço de ensino. Assim, faz-se necessário implantar adaptações curriculares, desde as estratégias e recursos pedagógicos, até a avaliação que deverá ser direcionada aos/as alunos/as que requerem um trabalho inclusivo. Essa aula tem o propósito de sensibilizar os/as alunos/as para a temática da inclusão, enfatizando o respeito às diferenças e o compromisso de toda a comunidade escolar na luta por uma sociedade mais justa e solidária. Professor/a, você poderá utilizar a aula intitulada “O DIREITO DE SER DIFERENTE” para iniciar ou complementar essa aula.

Atividade 1

1º Momento: Convidar os/as alunos/as para se sentar em círculo e ouvir uma história chamada “Um amigo diferente”


WERNECK, C. Um amigo diferente. Rio de janeiro: WVA.
Sinopse do livro: Na história, um personagem faz suspense sobre quem ele realmente é, apresentando algumas características a fim de que o leitor levante hipóteses sobre a sua verdadeira identidade. Trata-se de uma tentativa da autora de levar às salas de aula a discussão sobre as diferenças individuais, buscando contribuir para que a sociedade reconheça e respeite a diversidade humana.

2º Momento: Perguntar aos/as alunos/as: Afinal, quem é o nosso amigo diferente do livro? Vocês conhecem alguém parecido com ele?

3º Momento: Professor, solicitar aos/as alunos que produzam um texto no qual cada aluno/a deverá se apresentar escrevendo suas características físicas e da personalidade (agitado, tranqüilo, falante, calado, carinhoso, dentre outros), além de outras informações importantes, a saber: nome dos pais, data de aniversário, idade, programa predileto, brincadeira predileta, o que mais gosta de fazer, o que não gosta de fazer, música de preferência, time que torce, do que tem medo, o que não gosta na escola, o que mais gosta na escola, conteúdo ou disciplina que mais gosta, conteúdo ou disciplina que acha mais difícil, professora que considera mais amiga, e colegas que mais gosta.
O/a aluno/a não deverá se identificar com o nome.

4º Momento: Após a produção dos/as alunos/as, o/a professor/a deverá afixar as histórias em diferentes espaços da sala e solicitar à turma que ande pela sala e busque semelhanças entre as histórias ou perfis dos colegas e ele/a próprio/a.
Comentário ao/a Professor/a:
Professor, ao explorar as produções, sugere-se que você discuta sobre a diversidade humana e o quanto o fato de estarmos em contato permanente com pessoas diferentes amplia o nosso universo cultural e as nossas possibilidades de conhecimento de mundo. Vale ressaltar que a diversidade humana envolve as diferenças nos estilos de ser, nos ritmos de aprendizagem, nas necessidades e interesses apresentados por cada um dos alunos/as, bem como as especificidades da própria história de vida dos sujeitos. Mostrar aos alunos que e ssas diferenças devem ser não apenas (re) conhecidas, c omo compreendidas e valorizadas.

Atividade 2

1º momento: Exibir o vídeo: “Ariel conta Down”, disponível em:

2º Momento: Professor/a, após a exibição do vídeo, escrever na lousa a seguinte frase:
TODOS NÓS SOMOS DIFERENTES, MAS TAMBÉM SOMOS IGUAIS PORQUE SOMOS SERES HUMANOS.
Perguntar aos/as alunos/as:
1)Vocês concordam com essa afirmação de Ariel?
2) Em que aspectos somos diferentes?
3) Em que aspectos somos iguais?
4) O que os seres humanos têm em comum?

Tarefa de casa: os/as alunos/as deverão fazer uma pesquisa em casa. Perguntar aos pais ou responsáveis: Papai, na sua percepção, em que você é diferente da mamãe? Mamãe, na sua percepção, em que você é diferente do papai? (Professor/a, caso a criança viva com avós, tios, ou outros responsáveis, sugere-se adaptar as perguntas direcionando-as aos mesmos). Os/as alunos/as deverão registrar as respostas e levar para discussão na próxima aula.

Atividade 3
(2ª Aula de 50 minutos)

Sugestão ao/a professor/a: Professor/a, se possível sugere -se que essa aula seja realizada no laboratório de informática.

1º Momento: Iniciar a aula socializando as informações obtidas por meio das pesquisas realizadas em casa. Reforçar a riqueza que existe em sermos diferentes.

2º Momento: Após a socialização das pesquisas, convidar os/as alunos/as para ouvir a história.


SECCO, P. E. A felicidade das borboletas. São Paulo: Editora Boa Companhia ltda.
Sinopse do livro: Crianças que vêem e deficientes visuais podem encontrar a mesma dose de diversão em A felicidade das borboletas, escrito por Patrícia Engel Secco e ilustrado por Daniel Kondo. Texto e imagens são impressos na forma convencional e em braile, o que ajuda os leitores mirins que não podem enxergar a acompanhar a história de Marcela, uma menina cega de nascença que superou uma série de obstáculos para realizar o sonho de se tornar bailarina. 

Professor/a você encontrará esse livro em formato eletrônico, disponível em:
http://www.slideshare.net/andreadc/a-felicidade-das-borboletas

3º Momento: Após a apresentação da história, solicitar que os alunos respondam individualmente às seguintes questões:
1)Qual a mensagem que essa história nos apresenta?
2)Na sua opinião, é possível enxergar os sentimentos? O que a personagem bailarina quis dizer com isso?
3)Para você, é possível ser feliz não enxergando?

4º Momento: Os alunos deverão produzir um cartaz com imagens referente à história com ilustrações em alto relevo e com materiais de diferentes texturas: tecidos, palha de aço, palitos de picolé, forminhas de doces, massa de modelar, dentre outros. Após a finalização das produções, o/a professor/a colocará os/as alunos/as em duplas e de olhos vendados para, através do tato, tentar identificar o que foi produzido nos cartazes dos/das colegas.

Outra estratégia:
O/a professor/a deverá vendar os olhos dos alunos. Após esse momento, deverá colocar a música “Ciranda da Bailarina” de autoria de Chico Buarque e Edu Lobo para tocar e pedir que, de olhos vendados, os/as alunos/as dancem ao som da canção.

Professor/a, nas duas dinâmicas você poderá explorar com os/as alunos/as: Como foi para você participar dessa vivência? Causou incômodo? Conseguiu se envolver? Foi possível imaginar ou se colocar no lugar de uma pessoa que não enxerga? Que sentimento lhe despertou a dinâmica? O que o levou a refletir? Como você imagina ser o cotidiano das pessoas cegas? O que te fez chegar a tal constatação?

Professor/a você encontrará essa música disponível em:
http://letras.terra.com.br/chico-buarque/85948/ 

E a mesma música interpretada por Adriana Calcanhoto disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=W1Oy9wF_BLQ&feature=related


ATIVIDADE 4

1º Momento: Reunir a turma para assistirem aos vídeos:


1 - Quero que você conheça o André
2 - Oi, galoto
3 - Dentuça, golducha
4 - Pelgunta plo Andlé
5 - Querem brincar de Siga o Mestre
6 - Quaaase normal

Vídeo 2: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=1522
Vídeo 3: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=1547
Vídeo 4: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=1548
Vídeo 5: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=1549
Vídeo 6: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=1550

2º momento: Após assistirem ao vídeo, os/ as alunos/as deverão listar quais são as características de uma criança autista como mencionado no vídeo. Perguntar aos alunos/as se já ouviram falar sobre pessoas com autismo, ou se conhecem algum autista.

3º momento: Propor aos/as alunos/as que imaginem que André é um colega que acabou de entrar para estudar em sua escola. Os/as alunos/as deverão discutir no grupo estratégias de inclusão do personagem André na sua sala de aula a partir das seguintes orientações: garantir que o aluno participe efetivamente das atividades com seu grupo; seja respeitado nas suas limitações; tenha oportunidade de ampliar sua aprendizagem e sua convivê ncia em grupo.

4º momento: Socializar as propostas feitas pelos/as alunos/as, ponderando a viabilidade das mesmas. Nesse momento, cabe ao/a professor/a questionar aos/as alunos/as se as propostas feitas para André: atenderam a necessidade do mesmo, respeitaram as limitações do aluno em questão, ampliaram as possibilidades de aprendizagem e de convivência em grupo, dentre outros aspectos.

Recursos Complementares

Artigo eletrônico: O que é inclusão escolar, disponível em:
http://www.bengalalegal.com/blog/?p=32

Artigo eletrônico: Como promover a inclusão escolar enfrentando as mudanças propostas pelo paradigma da inclusão, disponível em:
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/como-promover-a-inclusao-escolar-enfrentando-as-mudancas-propostas-pelo-paradigma-da-inclusao-1024382.html

Links para a inclusão
http://www.pro-inclusao.org.br/links.html

Educação Inclusiva
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/ein_l.php?t=01

Avaliação
- Professor/a, procure observar se os/as alunos/as conseguiram respeitar a manifestação de opiniões diferentes, bem como valorizar a especificidade da história de vida de cada membro do grupo. Pergunte aos/as alunos/as se já haviam observado o quanto as pessoas são diferentes e que esse fato não as inferioriza. Investigue o que os/as alunos conseguiram compreender sobre deficiência visual, síndrome de Down e autismo a partir dessa aula. Analise a postura dos/as alunos/as perante as pessoas com necessidades educacionais especiais.